A invasão da Ucrânia pela Rússia está a provocar uma crise humanitária sem precedentes e a ter impactos económicos em todo o mundo, incluindo Portugal.
As sansões impostas à Rússia com a invasão da Ucrânia têm trazido repercussões já visíveis nos principais setores de atividade, nas importações, exportações e na economia global.
As sanções impostas geram impactos nas empresas, desde logo naquelas que importam ou exportam diretamente para aqueles países. O impacto deste conflito na economia nacional e nos principais setores de atividade já começa a ser visível, apesar das relações comerciais de Portugal com a Ucrânia, Rússia e Bielorrússia terem uma importância limitada. Acresce ainda que estas pressões surgem, sem intervalo, logo após dois anos de pandemia em que muitas empresas foram seriamente afetadas na operação e na tesouraria.
A diminuição abrupta da atividade produtiva na Ucrânia e as sanções impostas que provocam a queda de atividade comercial com a Rússia e Bielorrússia estão a aumentar a pressão nos preços da energia e em algumas matérias-primas. Estas serão, num primeiro momento, as principais causas dos impactos na economia portuguesa e que deverão penalizar não apenas as exportadoras, importadoras e setores que pertencem às mesmas cadeias de valor, mas poderá ser transversal a todo o tecido empresarial.
“Temos os produtores a enfrentar maiores custos de produção e vão exigir preços mais altos por unidade produzida”
A tendência de alta dos preços dos combustíveis, que já se manifestava desde o ano passado, afeta especialmente o setor dos Transportes, quer de passageiros, quer de mercadorias, assim como as indústrias com processos de produção intensivos na energia, como a siderurgia, química, metalurgia, gases industriais, azulejos, produtos minerais não metálicos e papel. A quota de gás natural proveniente da Rússia aumentou nos últimos anos nas importações em Portugal, rondando atualmente os 10%, bastante atrás do que compramos à Nigéria (quase 50%) e aos Estados Unidos (cerca 33%). Em Portugal, cerca de 200 empresas importam bens da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, num total de 1 373 milhões de euros. As exportações para estes países totalizaram, em 2021, 226 milhões de euros.
Rússia e Ucrânia estão entre os maiores produtores de cereais. A redução na sua oferta e a escalada de preços irá penalizar a atividade de diversos setores alimentares, como por exemplo a produção de farinhas, indústrias do pão e pastelarias, pastas alimentares, produção de vinhos e cervejas, afetando também a cadeia de valor da indústria de carnes, fruto da dependência que temos face à Ucrânia em componentes de rações para o gado.
Economistas admitem que haverá um impacto económico negativo da invasão russa na Ucrânia no nosso país, o que irá provocar um abrandamento das expectativas de crescimento.
Pode visualizar a entrevista “O Impacto da Guerra” pelo Economista e Professor Catedrático João Duque na integra aqui.
Boa miúda! Muito interessante
Felizmente a empresa onde trabalho não foi muito afetada pela guerra, mas existem muitas empresas portuguesas a sofrer com esta situação. Parabéns pelo artigo!
Todos iremos pagar esta fatura. Haja resiliência para nos reajustarmos à nova realidade.
Artigo muito interessante
A guerra na Ucrânia mudou fundamentalmente as perspetivas económicas para a Europa.
Parabéns!
Uma boa perspectiva sobre o assunto
Terá de ser colega, vivemos uma nova realidade!
Verdade colega, será o inicio de uma nova adaptação!
Obrigada 🙂
Pois é Bruna e muitas não se conseguindo adaptar foram abrigadas a fechar portas 🙁
Obrigada 🙂
Parabéns, excelente conteúdo!
Excelente artigo !
Excelente artigo! 👌
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